Vídeo do dia

Half a World Away from Matt Ferrington on Vimeo.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Esclarecendo: Suplementos

Matéria publicada pela revista Runners World, da editora Abril:




Se dê flores!

Segredinho das estrelas - Brilho corporal


Gatonas, a dica imperdível de hoje é a seguinte: 

Julho está aí... E da próxima vez que forem a algum evento, ou mesmo quando tiverem uma saída mais especial de fim de semana, apostem no iluminador corporal (ou shimmering, em inglês). 


Pra quem não conhece, ou nunca testou, trata-se de uma pequena "mágica" que deixa a pele com efeito luminoso tipo textura de pele de capa de revista! Esses tais iluminadores podem ter diversas consistências. Cada marca elege sua preferida: creme, cera, pomada, líquido em spray e por aí vai.

Colei aqui alguns bem bacanas e super recomendados pra vocês ficarem por dentro. O único nacional na verdade é o da linha Seve, da Natura. Não conheço nenhum outro produzido aqui que tenha a mesma função, ou seja, usável em toda a extensão do corpo.

Esse é o super comentado "shimmer" da marca americana RMS, que custa em média U$ 38,00 (dólares) e é o escolhido pela nossa toptop Gisele... Uuui, não é incrível a possibilidade de ter algo em comum com uma das mulheres mais belas e admiradas do mundo?!






Vou atrás do meu... Beijobeijo!


quarta-feira, 29 de junho de 2011

***

Beyonce para Dazed & Confused

Meninas, olha que tudo o presentinho da edição de julho da revista americada Dazed & Confused:
um editorial puro luxo com a mega diva Beyonce, que nós amamos! 
O tema das fotos é bem interessante também. A idéia foi o contraste entre vida comum, quotidiana, simbolizada pelos cenários escolhidos, e o glamour pop do universo do showbiz, que foi representado na produção dos looks. Bem ao estilo de vida atual da estrela, que anda de férias dos palcos, vivendo que nem a gente (cof cof, engasguei!) e se preparando para um retorno triunfal em breve...
Olha só:








Boas novas da semana:

terça-feira, 28 de junho de 2011

Descarga elétrica

Suas forças estão escoando ralo abaixo? Recupere o pique em 60 segundos.

Duas coisas funcionam como uma hidrelétrica para o seu corpo: comer bem e se exercitar. Mas às vezes elas não são suficientes para manter o pique durante as 24 horas. Por isso, ao longo do dia é preciso abastecer suas células com pequenas doses de energético. Segundo o americano Jon Gordon, autor de The 10-Minute Energy Solution (inédito no Brasil), vivemos uma época de baixa energia principalmente por causa de três fatores: muita tecnologia, excesso de cafeína e pouco sono. Embora nem sempre dê para defenestrar o celular, recusar o cafezinho e dormir durante 8 horas o sono dos justos, há muito que você pode fazer para manter o pique. Conheça atitudes para ajudá-la a se recuperar em 60 segundos. 







Beba água 


Tome 1 copo com 300 ml, levemente gelado, em goles grandes e lentos. O primeiro sinal de desidratação é a fadiga, porque nenhuma reação química acontece no organismo se não houver água disponível. O líquido preenche células, transporta nutrientes, elimina toxinas, regula a temperatura, lubrifica as juntas e mantém o volume e a pressão do sangue. A água garante inclusive o fluxo de energia.



Diga "obrigada" 30 vezes


E, ao fazer isso, realmente sinta-se grata, seja porque aquela espinha secou em tempo recorde, seja porque você finalmente conseguiu um aumento de salário. Um estudo realizado pela Universidade George Mason, nos EUA, comprovou que a gratidão melhora imediatamente o bem-estar e a disposição de quem a sente. E mais: o efeito do "obrigada" tem maior intensidade sobre as mulheres



Prepare um suco 


Centrifugue 4 cenouras para extrair o líquido. No liquidificador, bata o suco com 1 ramo de salsão e 2 de erva-doce. Coe e beba. "O salsão e a erva-doce estimulam o transporte de oxigênio, gerando uma onda instantânea de energia. Já a cenoura dá o gosto bom, além de auxiliar no funcionamento de vários órgãos", explica Vanderlí Marchiori, secretária-geral da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva.



Reze


Não é preciso ter uma religião para isso. Se tiver, concentre-se em Deus e peça coisas boas. Quem não acredita em Deus pode fazer seus pedidos ao Universo, à natureza... Um estudo realizado na Universidade She eld Hallan, nos EUA, mostrou que a oração ajuda a lidar com o stress, a depressão e a ansiedade. Outro estudo, publicado no periódico British Medical Journal, demonstrou que rezar diminui o ritmo da respiração e tem um efeito calmante sobre o coração.


Jogue fora as calcinhas velhas


Tudo o que se acumula e não tem função provoca perda de energia. Imagine gastar horas procurando algo em meio a um monte de objetos inúteis, seja o relatório soterrado por uma pilha de folhetos antigos, seja a calcinha vermelha de renda sufocada por uma infinidade de lingeries beges furadas. Casos mais graves de acúmulo de coisas são até considerados doença, um comportamento obsessivocompulsivo. Se forem objetos dos quais você tem certeza não poder se livrar, coloque-os em caixas para cuidar melhor depois. Mas tire-as do caminho. Pelo amor de Deus.



Coma chocolate amargo


A guloseima é rica em polifenóis, sabidamente amigas do coração. Pesquisas recentes comprovam que os polifenóis também interferem na produção de serotonina, que age como transmissora de sinais no cérebro. Isso causa uma melhora instantânea no humor e na disposição. Em alguns casos o chocolate amargo está até sendo usado para tratar a síndrome da fadiga crônica. Mas leia bem esta frase: é um. Não caia de boca nos bombons, principalmente se forem ao leite. O resultado serão alguns quilos a mais na balança — o que seria um desperdício de energia. 


Pense diferente




"A mente é como um paraquedas: só funciona bem quando está aberta", compara Luiz Fernando Mathia, da Inovar Consultoria Empresarial, em Uberlândia. Quando um problema travar o seu desempenho, tente enxergá-lo de modo diferente. Comece a escrever um relatório pelo final, por exemplo. "Isso força o cérebro a movimentar conexões neurais e ativar a produção de substâncias químicas que ajudam a mente a ampliar a capacidade de ver com outros olhos." 


Leia mensagens positivas na internet





Não precisa acreditar em cada linha do que dizem. Mas, se a carapuça servir, vista-a como se fosse um pretinho básico. Para as simpatizantes da cabala, acesse www.kabbalah. com/newsletters/daily-kabbalisticwisdom, em inglês. 


Aperte o ponto certo





No seu corpo, claro. Para a técnica de massagem do-in, o ponto tem nome: suzanli, que significa "3 milhas da perna". De modo figurado significa que, quando o ponto é tonificado, a pessoa adquire forças para caminhar por mais 3 milhas. Para localizá-lo, faça o seguinte: flexione o joelho e coloque a mão na depressão que fica abaixo da patela (antigamente chamada de rótula). Para encontrar o local com mais facilidade, desloque ligeiramente a mão em direção à parte externa do joelho. Ao tocar essa depressão, meça quatro dedos para baixo, em direção à canela. Pronto, aí está o seu suzanli. "O ideal é colocar uma fonte de calor nesse ponto, como um incenso. Aproxime o incenso a dois dedos de distância", explica Luci Aquemi Hayashi Machado, diretora da Escola Brasileira de Medicina Chinesa, em Curitiba. "Se não tiver uma fonte de calor disponível no momento, faça uma massagem suave e contínua, sem pressionar com força." 


Pratique meditação





É até intuitivo: um momento de silêncio consegue revitalizar o organismo e a mente. "Seu corpo e seu cérebro estão o tempo todo respondendo a estímulos que a deixam exausta", diz Deb Shapiro, coautora de Be the Change — How Meditation Can Transform You and the World (inédito no Brasil). Apenas 60 segundos em silêncio acabam com essa dissipação de energia.




Fonte: www.womenshealth.abril.com.br

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sugestão pra malhar sem perrengue!

Os melhores pontos de mergulho do Brasil

Conheça os destinos top do país, que atraem gente de todo o planeta, e abuse das nadadeiras


O Brasil é um dos melhores lugares do mundo para o mergulho. A temperatura da água, a abundância de vida, sendo muitas delas exclusivas do território nacional, a transparência da água, a grande concentração de naufrágios – coisa que atrai muitos praticantes – e o acesso facilitado às praias levam gente de todo o planeta a fazer as malas para curtir as belezas do mundo subaquático brasileiro. Conheça os melhores pontos de mergulho do país.




Fernando de Noronha (PE)
Descoberto em 1503, o arquipélago conta com 21 ilhas e é considerado o melhor destino de mergulho do Brasil. Não à toa. A visibilidade na região chega a 50 m em todas as direções. As águas são quentes, em torno dos 27ºC, por conta de uma corrente oceânica vinda da África. 
Além de peixes como o frade, o bodião, o cirurgião e a barracuda, é possível ver na região arraias, tartarugas, moreias e tubarões, além dos golfinhos-rotadores, única espécie que dá giros no ar antes de mergulhar na água. São mais de 230 espécies de peixes e 15 de corais. Noronha também abriga a Corveta V17, navio de guerra naufragado, ainda relativamente intacto, que fica a 60 m de profundidade. Não é para iniciantes, mas o mergulho é tido como um dos melhores do mundo. Entre os pontos mais legais para a prática estão a Caverna da Sapata, a Laje Dois Irmãos, as Pedras Secas, as Cagarras, o Buraco do Inferno, o Buraco das Cabras e o Cabeço Submarino.


Abrolhos (BA)
Formado por cinco ilhotas distantes  75 km da costa do litoral sul da Bahia, Abrolhos é protegido desde 1983 e con siderado um dos parques marinhos mais importantes do mundo. Uma das grandes vantagens de Abrolhos é a temperatura da água, bastante agradável o ano todo, variando entre 20ºC e 28ºC, e a visibilidade, que vai de      10 m a 30 m, dependendo da sua localização. A desvantagem é a fina areia do fundo. Quem está iniciando cos tuma levantar bastante suspensão, o que torna a água “suja”. Uma das coisas que atraem os mergulhado res são os corais. Das 16 espécies da re gião,  seis são endêmicas, isto é, exclusivas de águas baianas, como o co ral-cérebro, que lembra o cé­rebro humano.                  A outra grande atração são as baleias-jubarte, que migram da Antártida para águas mais quen tes para terem os seus filhotes. Elas podem ser vistas de julho a novembro. Há, em Abrolhos, alguns naufrágios, como o Rosalinda, que foi a pique em 1939. 


Cabo Frio e Arraial do Cabo (RJ)
Não é por acaso que a cidade carioca recebeu o nome de Cabo Frio. Assim como Arraial, Cabo Frio está numa zona de ressurgência, quando correntes geladas de grandes profundezas chegam, ou ressurge, à superfície. Por isso, a temperatura da água naquela região varia entre 15ºC e 22ºC, podendo chegar a 9ºC. Além de peixes de água fria, é comum ver por ali cavalos-marinhos. A Enseada das Paredes é um dos pontos mais procurados por abrigar grandes fendas com peixes vistos apenas ali.  A profundidade vai dos 20 m aos 40 m.



Guarapari (ES) 
Abriga a mais rica diversidade de peixes de recife do Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Ictiologia. Seus três pontos de mergulho mais famosos são as Ilhas Rasas, a Ilha Escalvada e as Três Ilhas. Além disso, o costão rochoso permite descer entre 4 m e 25 m. A visibilidade fica entre 8 m e 15 m, mas, de janeiro a abril, pode superar os 30 m por causa das águas mais claras. 
A região conta, ainda, com naufrágios, entre eles o Victory 8B, navio que foi afundado como parte do projeto Recifes Artificiais Marinhos do Espírito Santo para criar o maior recife artificial da América Latina e hoje se transformou num imenso santuário de peixes.



Laje de Santos (SP)
Criado em 1993, o Parque Estadual Marinho da Laje de Santos é o primeiro parque marinho do Estado de São Paulo. Os paredões submersos chegam a 33 m de profundidade, que permitem mergulhos mais simples, para quem está começando, e mais profundos, para quem já tem bastante prática. Com 550 m de comprimento e 183 m de largura, tem tartarugas, garoupas, bodiões e cações entre os seus moradores. Mas a principal atração ocorre entre os meses de maio e setembro, quando as arraias-jamanta (também chamadas de manta) passam pelo local. Imensas, elas chegam a pesar mais de uma tonelada. A visibilidade gira em torno de 20 m. Não é permitido mergulhar com luvas.





Parati e Angra dos Reis (RJ)
Parati é considerada por muitos a capital do mergulho, pois é onde ocorre grande parte dos check-outs dos cursos da região sudeste, especialmente de São Paulo. A região tem águas calmas e límpidas. As pedras formam tocas, onde vivem os peixes maiores, como garoupas e badejos, e perto delas se concentram dezenas de pequenos peixes coloridos. Arraias, caranguejos, estrelas-do-mar e tartarugas também são vistos com frequência. Um ponto negativo é que a visibilidade varia muito de acordo com o tempo. Se for escolher uma data para mergulhar, opte pelo verão, pois as águas estão com melhor visibilidade, apesar das chuvas constantes.
A baía de Angra, que abriga 365 ilhas (de pequenas a maiores, como é o caso de Ilha Grande) e onde Parati está localizada, tem mais de 50 pontos de mergulho e é um dos melhores destinos para quem está começando, pois as águas são bastante calmas. A temperatura da água gira em torno dos 20ºC.





Recife (PE) 
Conhecida como a Capital dos Naufrágios, Recife abriga mais de 25 navios afundados, alguns com mais de cem anos, e outros afundados recentemente especialmente para o turismo. Mas para esse tipo de mergulho é preciso fazer um curso de especialização, visto que o certificado do curso básico não credencia o mergulhador para visitar naufrágios. Com águas quentes o ano inteiro, em torno dos 28ºC, a região tem visibilidade de 20 m, e muita vida marinha em torno dos navios. 


Bonito (MS)
Não, não é preciso estar no mar para ver uma variedade incrível de peixes.  Você também pode estar em águas doces para apreciar a beleza subaquá tica. 
Bonito, no Mato Grosso do Sul, é um dos melhores points do país para mergulho em caverna, mas é para quem tem mais experiência. As águas, tão cristalinas e tranquilas que lembram uma piscina, ganharam essa limpidez devido à grande concentração de calcário. É possível fa zer mergulhos de até 18 m em cavernas, como na gruta Mimoso, que tem uma variedade de formações no teto e nas paredes, assim como estalactites, e conta com o Salão dos Cones, com formações calcárias de cerca de 8 m de altura. Mergulhar em Bonito é se sentir em um aquário gigante, cercado de dourados, pacus e outros.









Por Lygia Haydée
Fonte: sportlife.terra.com.br

Quem usa: Lu Baierle

E a nossa inspiração de hoje é: 

a atriz Luziane Baierle



Fizemos a sessão de fotos enquanto a Lu malhava toda poderosa com sua beleza indiscutível e o super corpo escultural que ainda por cima vestia Bro (a modéstia fica pra depois). Durante os clicks ela me contou um pouco da carreira... 

Atualmente contratata da editora Band, sua última personagem foi a insinuante Sarita Sarada, do programa "Uma Escolinha Muito Louca" comandado por Sidney Magal. Antes de estrelar o casting da Bandeirantes, fez parte do núcleo do SBT no programa "A Praça É Nossa", onde sua mais marcante atuação foi como Amaralinda, a esposa do coronel Nhô Gastão. 
A atriz também fez presença no teatro com as peças "O Amante do meu Marido", "A Vida Secreta de Batman e Robin" e "As Garotas do 111".

E a musa promete que ainda vem muito mais por aí... E tenho certeza que não perdemos por esperar!






sábado, 25 de junho de 2011

Feriado, festa junina, comilança, ócio... Vamos malhar?!?!?!?!

Ok, ok... Hoje é sabadão, pleno junho, com direito a comidinhas deliciosas da festa do mês, que eu e você sabemos que a maioria de nós comemos, sim!
Mas... Só pra dar um choque de realidade e lembrar que nada passa em vão, resolvi postar essas fotos da Carine malhando. Ela é professora da Bio Ritmo de Campo Belo e tenho certeza de que segunda - feira vai estar a mil no treino. Que é pra compensar os pés - de - moleque, cocadas, canjicas, bolos de aipim ou o raio que o parta que deliciou em alguma festinha por aí!
A gente tem que curtir uma festa junina sim, fazer uma social com os amigos e a família sim, mas não precisa ir com tanta gula nos quitutes, que são os mais engordativos da vida...
Então fica a dica: 

Depois de amanhã quero todas trabalhadas na malhação e na aeróbica pra compensar os deslizes! 
HOHOHO



Beeeeeeeeeeijo,



Bela.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Muito além do picadeiro


As acrobacias que fazem a magia do circo estão cada vez mais populares. Descubra as vantagens dessas atividades físicas e entre nessa trupe:




A uns 10 metros de altura, um homem ensaia o primeiro passo sobre uma corda bamba, no intuito de atravessá-la até a outra ponta. Poucos minutos depois, lá está ele no lado oposto, de braços abertos, para receber os aplausos do público. No chão, um rapaz pula sobre um trampolim, dá duas cambalhotas no ar e cai, sentado, entre os ombros de dois homens que estão no topo de uma pirâmide humana. Um instante mais tarde, uma mulher entra em cena trazida em uma mala, e de dentro dela se desdobra e sorri. Números como esses, tão comuns nos picadeiros do mundo todo, certamente estão presentes nas lembranças de infância (ou de adulto) de muitos de nós. Mas, vamos admitir, o que não é nada comum é a capacidade que essas pessoas têm de superar os limites do próprio corpo. De onde será que vem tanto equilíbrio? Tanto domínio? Tanta elasticidade? A tal “magia do circo” está justamente no prazer, no medo e no entusiasmo de ver a destreza que esses artistas têm de fazer coisas que parecem impossíveis à plateia.

Por muito tempo os ensinamentos das habilidades do circo ficaram restritos a algumas famílias. Só os filhos de malabaristas é que aprendiam sobre as técnicas dos malabares. Essa característica exclusivista só passou a mudar mesmo na segunda metade do século 20, quando surgiram (principalmente na Europa) as escolas de circo que podiam ser frequentadas por pessoas que não tinham nascido sob uma lona. No Brasil, elas se tornaram mais presentes há pouco mais de uma década e deram a oportunidade a pessoas que não querem ser profi ssionais dessa arte, mas apenas usufruir dos seus benefícios, tanto culturais quanto físicos.
Força de trapezistaAfinal, para se aventurar no picadeiro – com ou sem público – é preciso ter um bocado de força, resistência, flexibilidade e coordenação. Não necessariamente nessa ordem, claro, já que tudo depende da atividade escolhida. Todas as práticas circenses têm no corpo e nos movimentos sua base de sustentação. Além de lúdicos, os exercícios são supercompletos. “Em geral, eles ajudam a fortalecer a musculatura, aumentam a força, melhoram a flexibilidade e beneficiam a coordenação motora”, diz Rosana Jardim, diretora da Academia Brasileira de Circo. “Além disso, melhoram a sociabilização, o trabalho em equipe e a superação de limites.”

A publicitária Tissiane Rodrigues pratica tecido acrobático há três anos e meio. Procurou a atividade como uma forma de exercitar o corpo, fugindo das aulas tradicionais da academia. No começo, o pior foi o medo de altura, já que o único apoio são dois pedaços de pano presos lá no alto da lona. O praticante vai se enrolando no tecido e usando-o para subir cada vez mais. De lá de cima, faz acrobacias e movimentos de queda. “Vencer esse receio fez muito bem para mim! Hoje faço quedas a 6 metros de altura sem o menor problema, acho uma delícia”, diz. Outra dificuldade grande foi em relação à força exigida para poder “escalar” as fitas de pano. Ela diz ter ganhado muito mais agilidade e força “digna de um trapezista” com a prática constante. “Para fazer tecido, é preciso utilizar o corpo inteiro, principalmente a região abdominal e os membros superiores. Você adquire a força necessária depois de algum tempo. O importante é não desistir.”

O tecido está entre as modalidades aéreas mais acessíveis dos exercícios de circo, por causa da suavidade do material e da menor exigência de condicionamento físico se comparado ao próprio trapézio, por exemplo. Entre as outras práticas para quem quer começar a se aventurar estão a lira (arco de ferro preso ao teto por uma corda), o alongamento e a cama elástica, também conhecida nos picadeiros como trampolim acrobático, onde os saltos e piruetas é que fazem o show. Com um pouco de treino, o malabarismo também pode ser uma boa atividade para quem quer ter mais agilidade e coordenação motora. Tudo depende das experiências corporais de cada um e suas habilidades. Nas principais escolas de circo, antes de definir qual vai ser a modalidade que pretende seguir, ho praticante faz algo como um test-drive. “O aluno passa por diversas práticas para conhecer e identificar suas afinidades”, afirma Rosana.

A maioria das aulas é dividida por faixa etária ou por tipo de atividade. É possível resgatar para os pequenos (e grandinhos) alguns dos movimentos básicos de acrobacias de solo, como cambalhota, estrela, ponte, parada de mão e outras brincadeiras típicas da infância. Também o desafio de andar sobre as pernas de pau, se equilibrar na corda bamba feita de arame e dar saltos no trampolim agrada os praticantes de todas as idades.

Controle total do corpoO artista circense Martin Alvez começou na ginástica olímpica ainda adolescente e, por indicação de um treinador, passou a praticar também algumas atividades de circo para melhorar sua performance corporal. Ele diz que, apesar do preparo físico e da concentração que tanto a ginástica quanto o circo exigem, no picadeiro ele conseguiu encontrar a liberdade de se expressar melhor, de poder utilizar a dança, a música e a interpretação como aliados nas suas apresentações. “Na ginástica eu não tinha chance de errar. O circo permite que você brinque com os erros, é mais solto, menos rígido”, diz.

Porém, o principal ganho dos exercícios circenses, para ele, foi a consciência corporal que permitiu conectar-se com seu corpo de uma maneira mais expressiva. “Quando eu fazia só ginástica, era como um robô. Depois que comecei a praticar as aulas de circo, meus movimentos deixaram de ser tão duros, tão mecânicos. Essas modalidades me permitiram ter maior domínio do corpo.” Em termos de nível técnico, Martin diz que o circo também é mais acessível, já que você pode usar a criatividade e fazer um exercício mais simples tecnicamente, mas com um componente artístico muito bom. “Os exercícios de circo são mais democráticos, permitem adequar os movimentos às suas condições e limitações físicas.”



Arte popularEssa democratização do circo, aliás, não está só no fato de suas modalidades terem sido levadas a outros espaços como clubes, academias, praças e até nos cruzamentos das avenidas das grandes cidades. Mas também pela arte circense, por ter um caráter tão popular, ter sido adotada por outras manifestações culturais e esportivas. “A prática do circo, que era em seus primórdios unicamente destinada ao entretenimento e espetáculo, passou a ser vista como uma forma de promover condicionamento físico, saúde e até como recurso terapêutico para muitas pessoas”, afirma Aline Essu, professora de acrobacias e solo. O fato de o conhecimento do circo ter atravessado a lona permitiu que muita gente que era antes apenas público se tornasse também praticante, mesmo que com objetivos muito diferentes daqueles que orientam o trabalho dos profissionais dessa arte.

Dessa forma, o circo passa a ser mais acessível, seja nos espaços onde a prática é oferecida, seja no imaginário popular. Tanto que outras formas de expressão artística, como o teatro e a dança, também têm incorporado a forma livre e divertida do picadeiro em alguns de seus movimentos e apresentações.

Desde criança, o mineiro Luis Sartori tem uma capacidade criadora inquietante que já o fez se embrenhar por diversas atividades como ilustrador, baterista, ator, dançarino. Formado em belas-artes, encontrou no circo uma forma de deixar aflorar toda sua criatividade. Tanto que ele partiu para a Bélgica para estudar na famosa Escola Superior de Artes do Circo, onde criou espetáculos premiados em que une a dança contemporânea a algumas modalidades típicas circenses como o malabarismo. “O circo ainda está descobrindo sua verdadeira identidade e, por isso, é um campo muito aberto para se explorarem diversas manifestações”, diz o artista.

Luis tem a convicção de que, uma vez que a pessoa está no palco ou no picadeiro, tudo é válido. “O importante é usar todas as ferramentas e todos os recursos do seu corpo para criar suas próprias formas de se expressar.” Nisso, o circo pode ser um grande aliado – agora bem ao alcance de todos nós.

Fonte: www.vidasimples.abril.com.br